Para conhecer a história da Quinta das Sopas é necessário recuar ao ano de 1968, quando Manuel António Guedes Cordeiro e Maria Henriqueta Oliveira, adquiriram a propriedade agrícola, localizada em Chanceleiros, Covas do Douro, no concelho de Sabrosa.
Décadas de trabalho nas encostas do Douro aprofundaram na família as tradições ligadas ao cultivo da vinha e comercialização. Hoje conhecida como Cordeiro’s Valley, a empresa vive novos tempos nas mãos de Conceição Oliveira Cordeiro, Tiago e Sara Cordeiro, filha e netos de Manuel António e Maria Henriqueta.
Com pouco mais de 11 hectares, a Quinta das Sopas foi a primeira propriedade da família, contudo esse portefólio foi aumentando e neste momento a Cordeiro’s Valley explora “pouco mais de 40 hectares de vinha, com as plantações mais novas a registarem já 30, 40 anos de existência”, explica Tiago Cordeiro.
A empresa mantém a sua atividade no cultivo agrícola e já iniciou o processo para concretizar o sonho do avô: a produção de vinho com uvas provenientes das suas próprias vinhas, com o lançamento em 2023 do primeiro vinho, Sopas Reserva 2021, estando já a ser preparado o lançamento do Quinta das Sopas Grande Reserva 2025.
“Fazemos uma seleção muito minuciosa, qualquer cacho que tenha um bago afetado por alguma doença é retirado do tapete para não entrar no lagar, onde fazemos a tradicional pisa a pé.
Mesmo nas vinhas velhas, selecionamos cepa a cepa o que apanhamos, cada cepa está devidamente identificada com uma chapa metálica.
Temos de nos focar na qualidade e para isso é importante estar atento a cada pormenor para que o resultado seja o melhor possível”, explica Tiago Cordeiro.
Para o neto de Manuel António e Maria Henriqueta, este projeto é um “legado da família. Esta quinta é muito antiga, por exemplo, ela já é assinalada pelo Barão de Forrester no famoso mapa que desenhou da região, e esta história temos de valorizar”.
Sinais das décadas de existência da Quinta das Sopas são diversos na propriedade, com destaque para o único pomar murado na totalidade, na região, uma tradição no Douro para proteger as árvores de fruto de intempéries e ventos.
“É o único pomar na região que tem os seus muros intactos, há ainda vários pomares murados na região, mas nenhum tem a vedação completa porque alguns muros foram caindo com o passar do tempo, intacto, neste momento o nosso é o único da região”.