Os territórios são as pessoas.
Não será necessário aqui lembrar cada uma das fragilidades da nossa região. A generalidade delas é comum aos territórios raros de pessoas.
E os territórios raros de pessoas são, obviamente, e desde logo, frágeis, só por essa razão. E o futuro não vai ser generoso para os fracos de pessoas.
Também não será necessário alarmar a cada uma das iniquidades que mantêm esta situação num círculo vicioso que só a disrupção (da decisão política) poderá resolver.
Raros de pessoas, abastados de oportunidades.
Paradoxo de pobreza no meio de tanta riqueza.
Gerações nossas ascendentes deixaram-nos um legado valiosíssimo. Este Grande Douro é um tesouro. Preservado é verdade. Mas que aproveita a poucos. E quando aproveita a poucos, mais cedo que tarde, desaproveitará a todos!
Os territórios que não partilham, partem!
Os cacos demorarão tempo a colar. A obra, não voltará a ser a mesma.
Não nos iludamos. Este património da humanidade não é lá muito cativante para fixar e atrair muitos seres humanos.
Hoje fico-me por afirmações ambíguas. Mas para bom entendedor…
Quem não partilha, com equidade, ficará fechado no seu castelo a ver passar a oportunidade.
O Douro precisa de um novo, justo, moderno, modelo de desenvolvimento, que promova a diversidade e a partilha de recursos.
Para enriquecer de PESSOAS!