O Dia Mundial do Ambiente é celebrado no dia 5 de junho e foi estabelecido pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 15 de dezembro de 1972. A poluição e consequente degradação ambiental de atividades económicas e industriais ou a expansão e massificação dos aglomerados urbanos sem saneamento básico eram as preocupações dominantes e era urgente alertar para a necessidade em resolver passivos ambientais (abastecimento de água, saneamento e resíduos), combater a poluição industrial e, por essa via, impedir a degradação dos ecossistemas e a consequente extinção de espécies.
Meio século depois, o dia do Ambiente preconiza novas preocupações, mais globais e complexas. A maior de todas, e para a qual todos estamos convocados, são as alterações climáticas resultantes das emissões de gases com efeito de estufa. Os dados mais recentes da União Europeia (2019) indicam que o setor da energia é responsável por 77,01% das emissões, das quais os transportes representam perto de um terço, a agricultura 10,55%, os processos industriais/utilização de produtos 9,10% e a gestão de resíduos 3,32%.
A redução das emissões de gases com efeito de estufa, pela via da descarbonização da economia, é o maior desafio social, político e económico das nossas comunidades e, ao mesmo tempo, uma enorme oportunidade que não pode deixar ninguém indiferente. Ao dissociar-se o crescimento económico das emissões de carbono, através da diversificação das fontes de energia, da adoção de tecnologias limpas e do aumento da vida útil dos produtos e serviços, estamos a marcar decisivamente a construção coletiva do século XXI.
Termino com uma mensagem de esperança, positiva e distendida. A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro não vai passar ao lado deste desafio e diariamente estão a ser desenhadas soluções de economia circular e descarbonização que estão a preparar e projetar a região como referência global de inclusão e sustentabilidade ambiental, económica e social.