Educação Peso da Régua

Novo curso de turismo garante crescimento da oferta formativa

A Escola Profissional de Desenvolvimento Rural do Rodo (EPDRR), na cidade de Peso da Régua, lançou para este ano um novo curso na área do turismo e vai repetir a experiência de um curso CTeSP, protocolado com o Instituto Politécnico de Bragança.

Com um crescente número de alunos a quererem prosseguir estudos para o ensino superior, e o aumento da oferta formativa, a diretora da EPDRR, Susana Massa, perspetiva um novo ano letivo de sucesso, aproximando cada vez mais a instituição das necessidades da região.

Foi exatamente essa proximidade que levou a escola a identificar uma lacuna na oferta formativa na região, criando assim o novo curso de Técnico de Turismo Ambiental e Rural e que “vem complementar a oferta formativa que já tínhamos, fazendo uma articulação entre todos os cursos”, explica a diretora, completando que “são cada vez mais as unidades de turismo e os eventos na região por isso consideramos que era importante para a escola apostar nesta área”.

Para Susana Massa, as falhas de formação são ainda algumas, em especial na área do enoturismo para o qual não existe nenhuma formação deste grau na região.

“Continua a ser uma falha no catálogo nacional de qualificações do ensino profissional, não existir um curso técnico profissional de enoturismo. Existe um CTeSP de enoturismo por isso considero que na região fazia todo o sentido haver também um curso profissional que desse continuidade depois para o nível 5. É uma lacuna que pode ser colmatada no médio/longo prazo”.

Para a diretora da Escola Profissional da Régua, o ensino em geral tem vários desafios pela frente, desde logo a diminuição do número de alunos, reflexo do envelhecimento da população e, no ensino profissional, algum estigma ainda existente e a falta de informação.

[caption id="attachment_30194" align="alignleft" width="1024"]Novo curso de turismo garante crescimento da oferta formativa Susana Massa - Diretora da EPDRR[/caption]

“Há cada vez menos alunos e as turmas cada vez mais reduzidas. No ensino profissional há uma dificuldade acrescida porque só começamos a partir do 10º ano e há falta de informação sobre o trabalho que fazemos e a oferta formativa que temos. É difícil por vezes fazer chegar aos pais e alunos a informação sobre o trabalho que desenvolvemos.

Se um aluno estiver indeciso no final do 9º ano entre um curso profissional ou um humanístico-científico, a sua primeira opção raramente será o curso profissional, mesmo não sendo impeditivo de depois prosseguir estudos no ensino superior.

O ensino profissional não encerra um ciclo em si, e não obriga ninguém a seguir para o mercado de trabalho no final, há várias hipóteses desde um curso CTeSP ou mesmo um curso superior.

O ensino profissional tem uma componente prática muito forte, o que considero uma mais-valia para os alunos. Desta forma têm um conhecimento mais aprofundado da área e um maior entendimento se é aquilo que realmente querem seguir.

A componente de formação em contacto de trabalho, que acontece ao longo dos três anos, dá-lhes um contacto muito realista com a área de formação e isto é muito importante. Nós já temos as instalações preparadas para lhes dar uma formação adequada mas o contexto real de trabalho dá-lhes um complemento essencial”.

Susana Massa explica ainda que a possibilidade dos alunos do ensino profissional seguirem para o ensino superior foi uma mais-valia, registando na EPDRR um interesse cada vez maior dos alunos por esta solução.

“De ano para ano sentimos que vai aumentando o número de alunos que querem seguir a formação para a universidade, em especial ligados às áreas dos cursos que já frequentam aqui. O entusiasmo que vão ganhando com o curso acaba por lhes despertar curiosidade e interesse em querer obter mais conhecimento por essa área”.

Entre as mais-valias que representa estudar na EPDRR estão as condições de alojamento para alunos deslocados.

“Temos alunos de vários concelhos, de Baião a Vila Nova de Foz Côa, Régua, Resende e muitos outros mais ou menos distante. No ano que vai iniciar em setembro iremos ter alunos de Matosinhos, por exemplo.

Temos condições para eles na própria escola, temos residências com todas as refeições necessárias e de forma gratuita. Basicamente a preocupação que têm de ter é estudar.

Olhando para o futuro Susana Massa explica que a aposta da escola passa também pela modernização dos equipamentos.

“Vamos candidatar-nos a um ou dois Centros Tecnológicos Especializados, lançados pelo Ministério da Educação, para o Ensino Profissional com o objetivo de melhorar a qualificação, tendo como objetivo melhorar as infraestrutura e equipamentos, criando condições únicas para lecionar os cursos que temos.

Já temos boas condições mas a tecnologia está sempre a evoluir e desta forma poderemos ter equipamentos mais atualizados”.

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