Editorial

novembro 2024

Estimados Leitores,

A pouco esperada vitória do Sr. Donald Trump nas eleições nos Estados Unidos era previsível, desejada por muitos americanos e é o facto mais impactante na vida do mundo dos últimos anos.

Mais uma vez, a comunicação social não percebeu o fenómeno. A ostracização e completa ridicularização a que os media da América do Norte, especialmente os que populam as faixas litorais do Leste e do Oeste um candidato a presidente da federação dos Estados Unidos, que é o representante escolhido de um dos dois maiores partidos do mundo é desaconselhável, muitas vezes inapropriada e muito perigosa pois motiva mais os extremos e proporciona defesas alucinadas por parte dos apoiantes mais acérrimos, que se auto motivam para contrariar mesmo os factos mais básicos.

O Populismo não se combate com pirraça ou com mais populismo. Só com argumentação muito racional, expressa em linguagem comum e com factos e exemplos concretos e conhecidos se conseguem obter resultados.

Este Sr. Donald Trump é muito mais perigoso do que a sua versão anterior, de há oito anos, que quase não ganhou as eleições e que não controlava o congresso, não controlava o senado e não controlava o Partido Republicano.

Ao longo dos quatro anos de poder o Sr. Donald Trump, primeiro como Presidente (de janeiro de 2017 a dezembro de 2020) e, depois, ao longo dos quatro anos de liderança da oposição (de janeiro de 2021 a Dezembro de 2024), este teve a capacidade de mudar profundamente o Partido Republicano e de o transformar profundamente.

Para pior. Porque este Partido é hoje um reflexo do sr. Donald Trump, com pessoas

da sua confiança nos lugares principais. Os senadores e os congressistas Republicanos de hoje são uma pálida imagem dos de há oito anos. A liberdade de expressão e a capacidade de pensarem por si próprios é muito menor e as figuras conhecidas do Partido que se opunham ao Sr. Donald Trump praticamente não existem.

Por outro lado, o apoio de figuras controversas e que são multimilionários graças a anteciparem mercados e a especulação financeira pura é também outro elemento de grande perigo. Porque a manipulação dos meios de comunicação, especialmente das redes sociais, consegue-se com dinheiro e com a chave das redes sociais, que está na mão de pessoas deste tipo. E a importância das redes sociais continua a ser crescente….

Se na comunicação social da esquerda conservadora das costas Leste e Oeste dos Estados Unidos é quase unanime a completa contestação ao novo Presidente, sendo, provavelmente, onde haverá o maior foco de oposição real ao

poder quase absoluto que resulta das eleições americanas, esperando-se que percebam o problema sério de qualidade que têm para resolver, também é verdade que na América profunda dos estados do centro e nas redes sociais (controladas por apoiantes do Sr. Donald Trump) vai haver um contrapoder comunicacional que vai resultar que para o americano médio tudo esteja bem.

Espero não ter razão e que o Partido Republicano consiga ter a força própria para moderar este Presidente.

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