Moimenta da Beira Sociedade

Moimenta da Beira comemorou o 49º aniversário do 25 de Abril de 1974

O Município de Moimenta da Beira assinalou esta terça-feira os 49 anos do 25 de Abril de 1974, data que marca o início da vida democrática em Portugal, data da grande revolução portuguesa, a Revolução do Cravos que instaurou a Liberdade.

As comemorações começaram às 10 horas com Sons de Abril, pela Sociedade Musical Vouzelense, e prosseguiram com o içar das Bandeiras e Hino Nacional, com Guarda-de-Honra pelo Corpo de Bombeiros Voluntários de Moimenta da Beira. Logo depois, o ato de deposição de cravos no monumento que celebra o 25 de Abril, e imediatamente a seguir a sessão solene no Salão Nobre dos Paços do Concelho com os discursos protocolares, o primeiro dos quais do Presidente da Assembleia Municipal, João Xavier, que, a meio da comunicação, recordou a “Revolução dos Arcos” para afirmar que “Moimenta da Beira sempre esteve do lado certo”.

Essa “revolução”, convém rememorar, ocorreu há seis décadas e abalou a ditadura de Salazar. Meteu agentes da pide, guardas da GNR, prisões, ordens e contraordens de Viseu e Lisboa, sinos a tocar a rebate, estudantes em protesto e uma revolução popular. Tudo por causa dos arcos do Externato Infante D. Henrique, cujo desenho havia sido inspirado na obra do arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, e que o regime quis à força demolir. As curvas dos arcos de Niemeyer, génio da arquitetura universal, ainda por cima um ‘perigoso’ comunista, eram demasiado arrojadas para um país em ditadura, fechado a novos conceitos artísticos e demasiadamente conservador, e por isso tinham de ser demolidas. Não foram, pese embora a força policial que então se fez sentir. João Xavier, que no discurso condenou e repudiou a guerra na Ucrânia perpetrada pela Rússia, disse ainda que “Abril é uma obra sem fim para Portugal e para os portugueses” e que “os direitos consagrados na Constituição dão vida à democracia”.

Paulo Reis, que falou em representação dos eleitos da coligação PPD/PSD-CDS/PP, optou pela abordagem de temas locais: a luta pela construção do IC26, a aposta turística que tem de fazer-se na Albufeira do Vilar, o turismo cultural à volta de Aquilino Ribeiro e da Fundação homónima em Soutosa. Sobre as questões nacionais, foi cético. Falou da “classe média em extinção”, da “carga fiscal mais alta da história”, e da “economia paralela”.

Já o Presidente da Câmara Municipal, Paulo Figueiredo, num discurso mais cerimonial e positivo, referiu-se ao “legado incontornável do 25 de Abril de 1974” que abriu portas à qualidade de vida que faltava aos portugueses, “hoje com melhor educação e condições de acesso à saúde e à educação como nunca; com mais e melhores infraestruturas, mais segurança, melhor economia, uma liberdade consolidada”. Mas o autarca também disse que nada está seguro, nada está garantido de forma permanente. “Temos de nos manter vigilantes, ativos civicamente para travar e estar atentos aos nacionalistas, aos populistas que prometem tudo o que as pessoas mais gostam de ouvir, mas que asfixiam a democracia”. Falou ainda dos fundamentalismos religiosos e políticos e também da guerra na Ucrânia, que mais uma vez condenou. Sobre o território concelhio, Paulo Figueiredo prometeu lutar por novos investimentos em todo o concelho, sendo que decorrem em bom ritmo um conjunto de obras de vários milhões de euros.

O programa oficial das comemorações do 49º aniversário do 25 de Abril de 1974 terminou com um almoço na Associação Cultural, Recreativa e Desportiva de Peva.

'Sons de Filarmónicas', um encontro de Bandas no dia 25 de Abril

Quatro Bandas Filarmónicas desfilaram pelas ruas do centro da vila e atuaram depois em frente aos Paços do Concelho. Foi esta terça-feira à tarde, dia 25 de abril, logo depois do encerramento do programa do 49º aniversário do 25 de Abril de 1974, em Moimenta da Beira.

O “Sons de Filarmónicas”, evento organizado pela Fundação Inatel de Viseu, teve o apoio da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia de Moimenta da Beira. E nele participaram a @Banda Filarmónica de Ribafeita (concelho de Viseu); a Sociedade Musical Vouzelense (concelho de Vouzela); a Banda Musical São Cipriano A Nova (concelho de Resende) e a Sociedade Musical 2 de Fevereiro (concelho de Nelas).

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