Os oito municípios atravessados pelo Caminho Português Interior de Santiago vão aplicar cerca de meio milhão de euros na melhoria da sinalética e em albergues, seminários e workshops que promovam esta via de peregrinação.
Ana Rita Dias, vice-presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, afirmou aos jornalistas que o objetivo “é melhorar o Caminho Português Interior de Santiago porque “é preciso dar mais e melhor a quem percorre este caminho”.
A autarca, que falava em Pedras Salgadas, à margem da criação da Federação Portuguesa do Caminho de Santiago, disse ainda aos jornalistas que os municípios prepararam uma candidatura comum, que já foi aprovada, e que prevê a concretização de iniciativas conjuntas e individuais.
Entre as ações previstas estão o reforço da sinalética e da rede de albergues, a preparação de alguns albergues para pessoas com necessidades especiais e para acolherem os que se deslocam em bicicleta, com locais para a lavagem ou reparação destes meios de transporte.
A ideia é “requalificar e inovar” o caminho que, segundo Ana Rita Dias, está a receber “cada vez mais peregrinos, inclusive estrangeiros”.
“Temos um caminho diferente dos restantes pela sua paisagem, pela sua dificuldade, por aquilo que oferece e pelas gentes que aqui vivem”, frisou a responsável.
Ana Rita Dias referiu ainda que a candidatura visa também "a manutenção" do caminho e elencou, entre as iniciativas previstas, a realização de seminários e workshops, a elaboração de guias em papel e também digitais.
A primeira iniciativa decorreu na quinta-feira, nomeadamente o seminário internacional “Caminho de Santiago, um caminho no mundo”, que antecedeu a criação da Federação Nacional do Caminho de Santiago, que oficialmente constituída no passado dia 17 de maio.
Esta via de peregrinação começa em Viseu e segue por Castro Daire, Lamego, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Vila Real, Vila Pouca de Aguiar e Chaves, percorrendo 205 quilómetros e entrando em Espanha por Verín.