Ao longo de 17 anos, apenas em dois não se realizou a Meia Maratona do Douro Vinhateiro, devido à pandemia Covid-19. Este ano a maior prova desportiva do Douro está de regresso à estrada para celebrar a sua 15ª edição.
Sonhada por Paulo Costa, natural de Poiares, Peso da Régua, a prova duriense é uma das mais importantes do atletismo nacional envolvendo mais de 20 mil participantes, entre profissionais e amadores.
O organizador esteve à conversa com o VivaDouro sobre esta edição e a importância da prova para o território.
15a edição da Meia Maratona do Douro Vinhateiro (MMDV), como vão ser celebradas estás 15 edições?
A edição 2022 da EDP Meia Maratona do Douro Vinhateiro será realizada com a mesma energia de sempre mas ainda com maior vitalidade e dinamismo. Neste momento temos batidos todos os recordes de inscrições nas três provas e temos também o maior envolvimento regional de sempre. Esperamos saber honrar todos os atletas que nos presenteiam com a sua presença com uma grande Organização e uma dedicação total aos pormenores que permitem que a experiência seja inesquecível. Vamos ter uma fantástica cobertura televisiva através da CMTV e vamos também ter a maior cobertura digital de sempre.
Algumas surpresas preparadas para os participantes?
Sim, várias. Na Partida vamos viver um momento único, com uma grande surpresa para todos. E também ao longo do percurso com muita animação em diversos pontos. Pretendemos que esta seja efetivamente a melhor edição de sempre. Existem detalhes deliciosos nesta edição, como por exemplo o facto de termos onze pórticos dedicados a onze grandes eventos da Região, com muita animação. Iremos ter um passatempo para o melhor sorriso na passagem por cada um destes pórticos. Vai valer a pena estar atento.
Depois de dois anos de adiamento devido à pandemia Covid-19, com que espírito vives este momento?
É um momento muito especial para todos nós. A GlobalSport realiza eventos há vinte anos e a EDP Meia Maratona do Douro Vinhateiro é, sem dúvida alguma, o nosso filho primogénito e mais amado. Depois de dois anos de ausência ver tanta gente inscrita, receber tantas mensagens de incentivo e ver todo este envolvimento regional em prol deste magnífico acontecimento, é mágico. Ter onze municípios da Região Demarcada do Douro oficialmente envolvidos na edição deste ano é verdadeiramente gratificante, reconhecendo em cada um destes o seu enorme valor na construção desta edição, que certamente será memorável.
Ao longo de 15 edições certamente haverá muitas estórias para recordar. Qual a melhor e a pior memória de todas estas edições?

A melhor é, sem dúvida, o tiro de partida da primeira edição. Ali, a 29 de Outubro de 2006, em plena Barragem de Bagaúste, com vários presidentes de câmara que acreditaram em nós, nascia o sonho. E jamais esquecerei aquele momento. O pior foi efetivamente em 2010, na quinta edição, em que com toda a humildade reconheço a enorme falha organizativa que eu próprio cometi e levou a uma falha nos abastecimentos de água. Um momento dramático que também jamais esquecerei mas que serviu para aprender a lição.
A MMDV é a prova desportiva de maior dimensão no Douro, o desporto é um bom veículo de promoção territorial?
Eu diria que é não só a maior prova desportiva de toda a Região do Douro como é efetivamente a ferramenta de comunicação que ao longo dos últimos dezassete anos mais uniu, comunicou e dinamizou o Douro. Este é um projeto de sustentabilidade, porque é de pessoas para pessoas, porque é do Território e se realiza no próprio Território. Este é um projeto de promoção da família.
No dia da corrida ver avós, pais e netos a correr ou a caminhar, lado a lado, ao longo das margens do Douro, é verdadeiramente contagiante. Este é um projeto económico. Os mais de vinte mil participantes dos 39 países que nos visitam, descobrem a Região, visitam as nossas Quintas, comem nos nossos restaurantes, provam os nossos vinhos, passeiam nos nossos barcos e sentem o Douro, proporcionando um impacto económico direto muito acentuado.
Este é um projeto de promoção. Através da transmissão televisiva, que este ano é através da CMTV, esta vitalidade duriense chega a casa de milhões de portugueses. E através dos milhões de partilhas que os milhares de participantes fazem nas redes sociais, o Douro chega a todo o mundo, não através de partilhas pagas mas sim através de partilhas sentidas e emocionadas. E esta é a melhor forma de vender uma Região.
Olhando agora um pouco para o futuro, já existe plano para as próximas 15 edições?
O plano é olhar para o futuro com ambição. Em 2023 queremos inovar e já estamos a articular com as entidades locais uma forma muito interessante de fazer crescer ainda mais o evento. Contudo o mais importante é mesmo continuarmos empenhados em maximizar a experiência de todos aqueles que nos visitam e continuarmos, como desde sempre, em unir todo o Território em prol da construção de uma marca que já define o evento a nível global: A MAIS BELA CORRIDA DO MUNDO.