A assembleia ordinária da Liga dos Amigos do Douro Património Mundial (LAPDM), para a apresentação do Plano de Atividades para o corrente ano decorreu na sede da Comissão Vitivinícola Regional de Távora-Varosa, em Tarouca.
A reunião, que decorreu no Salão Nobre, teve como objetivo aproximar as duas regiões, alertando ainda para o projeto das Aldeias Vinhateiras que a Liga pretende revitalizar.
“Já nos referimos à questão da Linha do Douro e vamos também pegar no assunto das Aldeias Vinhateiras, como um alerta para os atores regionais para um projeto muito interessante que nos últimos anos tem estado em letargia. Estamos numa fase de lançamento do novo Programa Comunitário e nós estamos dispostos a integrar um grupo que revitalize este projeto, este é também o significado de fazermos esta reunião em Ucanha. O Douro deve reganhar este projeto sob a tutela da CCDR-N”, explica Fontaínhas Fernandes, Presidente da LADPM.
Quanto ao Plano apresentado destacam-se quatro pontos essenciais: melhoria da organização e comunicação interna e externa; continuidade de eventos na região; a requisição do Estatuto de Utilidade Pública e a criação de uma Rede Europeia de Regiões Vinhateiras.
“Na apresentação do nosso Plano, o primeiro ponto está relacionado com a organização interna de forma a tornar o trabalho mais ágil, bem como em termos de comunicação onde pretendemos começar a apostar fortemente nas redes sociais e na comunicação social com uma presença constante sobre as grandes causas que preocupam a região. Tudo isto com o objetivo de ganharmos novos associados, individuais ou coletivos, numa meta para este ano de 50 novos sócios.
Vamos dar continuidade a eventos na região como o Ciclo de Conferências que iniciamos no ano passado e entretanto foi interrompido devido ao processo eleitoral e é agora necessário perceber quem serão os novos atores. Já fomos adiantando trabalho e temos já seis ou sete temas, como as questões do ambiente, da floresta ou do enoturismo, por exemplo, que pretendemos debater numa jornadas que queremos organizar com a CCDR-N, o Régia Douro Park, a ADVID, a PRODOURO, a AEVP… todos os atores da região.
Um terceiro ponto é a requisição do Estatuto de Utilidade Pública, que se nos for atribuído nos dará muitas vantagens fiscais na atração de mecenas.
Do ponto de vista da internacionalização, lançamos o desafio à CCDR de criar uma Rede Europeia de Regiões Vinhateiras e seria interessante se no decorrer dos dois próximos anos acontecesse algo neste campo. Seria uma plataforma de partilha de boas práticas já implementadas porque esta fileira sobre com os mesmos problemas em diferentes territórios”.
José Pereira, Presidente da CVR Távora-Varosa esteve presente no momento inicial da reunião para dar as boas vindas aos participantes e apresentar a região.
Em declarações ao nosso jornal o responsável regional mostrou-se satisfeito pela escolha da Liga em organizar a reunião no território, destacando a proximidade entre as duas regiões que partilham também diversos agentes económicos.
“Para nós, tudo o que envolva divulgar este território e os seus produtos é muito positivo, em especial os vinhos e espumantes.
A Liga dos Amigos do Douro Património Mundial também tem aqui uma referência que são os Monges de Cister. Em termos de marketing até costumamos dizer que “foi aqui que tudo começou”, quando os Monges Brancos de Cister, ligados a S. João de Tarouca, foram para o Douro e ali fizeram vinhas, há esta ligação.
Como em tudo, o mais importante é criar sinergias, no Douro produzem-se grandes vinhos tranquilos e do Porto, aqui produzimos excelentes espumantes.
Temos o sol do Douro e o terreno do Dão, estamos entre estas duas região e também nos sentimos Douro, há inclusivamente agentes económicos da nossa região que também o são no Douro, produzem vinhos em ambas as regiões”.