Portugal foi a votos no dia 4 de outubro, a coligação Portugal à Frente (PàF) venceu as legislativas, sem maioria absoluta. Numa altura em que o futuro do país ainda se encontra a ser decidido, o VivaDouro procurou saber junto dos autarcas da CIM Douro de que forma é que os resultados obtidos vão influenciar cada um dos concelhos, colocando a seguinte questão: “Qual é o impacto que os resultados das eleições legislativas terão no concelho? “ Fique a saber aopinião de cada um deles. Dos 19 autarcas, apenas obtivemos a resposta de 12.
[caption id="attachment_1213" align="alignleft" width="300"] João Paulo Fonseca, presidente da Câmara Municipal de Armamar[/caption] “ É difícil responder a essa questão enquanto ainda não temos governo formado, é o resultado dos eleitores portugueses e como é óbvio temos que respeitar, mas não concedeu maioria nem estabilidade política a nenhuma das forças competentes para governar. Por isso, neste momento, estar a dizer qual o impacto sem perceber quem é que vai governar e qual será o programa do governo na Assembleia da República, nomeadamente nas autarquias, é um pouco prematuro”. [caption id="attachment_1212" align="alignleft" width="300"] Maria do Céu Quintas, presidente da Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta[/caption] Freixo de Espada à Cinta tem vindo nos dois últimos anos a fazer um esforço enorme para pagar a sua dívida, que como todos sabem é bastante elevada.Por força dos normativos legais vigentes e compromissos assumidos, o nosso município está quase privado de fazer investimento. Esperava-se destas eleições a estabilidade governativa necessária, o que a nosso ver não irá acontecer. Por isso aguardamos que o futuro político traga estabilidade e que os sacrifícios que temos vindo a fazer não se mostrem inúteis. [caption id="attachment_1211" align="alignleft" width="300"] Francisco Lopes, presidente da Câmara Municipal de Lamego[/caption] “Em termos distritais, Viseu e portanto também Lamego, fica bem representado em termos parlamentares com 6 deputados da coligação, conhecedores do território e envolvidos nas principais questões e preocupações locais e regionais. Em termos nacionais, a expectativa é de que o próximo Governo continue a dar atenção aos problemas da interioridade, nomeadamente apoio ao investimento, combate ao desemprego e apoio à natalidade. “ [caption id="attachment_1201" align="alignright" width="244"] Alberto pereira, presidente da Câmara Municipal de Mesão Frio[/caption] “O impacto dos resultados das eleições legislativas no meu concelho é imprevisível.Depende claramente da aposta que o novo governo vai fazer em políticas tais como: a posta nos serviços público e no crescimento e criação de emprego; a diferenciação positiva nos impostos e portagens; a aposta na saúde e na educação, bem como no apoio à interioridade e às famílias mais carenciadas e a aposta em desenvolver às autarquias a autonomia financeira que foi perdida nos últimos quatro anos.Se estas condições forem devolvidas, com certeza que o nosso concelho e a região sairão beneficiados, caso contrário continuaremos condenados ao fracasso e à desertificação.” [caption id="attachment_1227" align="alignleft" width="200"] José Eduardo Ferreira, presidente da Câmara Municipal de Moimenta da Beira[/caption] "Os resultados das eleições, sejam eles quais forem, têm impacto direto na vida das pessoas e das organizações do município de Moimenta da Beira. Nós esperamos que a partir de agora seja possível que o governo da República se virasse mais para as questões do interior, dar mais atenção aos nossos problemas e procurar em conjunto connosco as soluções para a desertificação cada vez maior do interior de Portugal, para em conjunto arranjarmos soluções que tendam a acabar com um certo definhamento que tem existido nesta região. A partir de agora o Governo da República tem que olhar de forma diferente para estas regiões e eu espero que seja isso que aconteça. " [caption id="attachment_1199" align="alignleft" width="232"] José Maria Costa, presidente da Câmara Municipal de Murça[/caption] “Espero que não tenha o impacto negativo que teve o governo que agora termina o mandato. Foram os piores quatro anos das últimas décadas, com maior destaque no encerramento do Tribunal de Murça. Como, provavelmente, continuaremos a ter a mesma política espero, sinceramente, que outros serviços não venham a ser encerrados.” [caption id="attachment_1216" align="alignleft" width="300"] Carlos Esteves de Carvalho , presidente da Câmara Municipal de Penedono[/caption] "Muito objetivamente não consigo vislumbrar que alguma coisa venha a mudar, no Concelho de Penedono, fruto do desfecho do recém-vivido ato eleitoral. Os partidos políticos já nos habituaram a algum desinteresse por territórios como estes, através de políticas para o interior do país escassas que vão surgindo de forma indefinida e em funções de momentos. Tenho afirmado e reafirmo-o: nunca existiu uma estratégia política para o interior de Portugal, cuja inexistência, a manter-se, resultará no pior. Entretanto, quero aqui expressar a esperança e dar o benefício da dúvida relativamente ao desenvolvimento da ação política governativa resultante do ato eleitoral, ciente que estou, de que o Primeiro Ministro que os Portugueses escolheram para a missão de governar venha a reconhecer, de uma vez por todas, a necessidade de implementar medidas pertinentes para localmente, em parceria com as Autarquias, puderem ser criadas dinâmicas para um ambicionado desenvolvimentos económico e social." [caption id="attachment_1214" align="alignleft" width="300"] Luís Machado, presidente de Santa Marta de Penaguião[/caption] “Não sabemos qual é o impacto definitivo porque não sabemos qual é o governo que irá funcionar, ainda não está decidido. De qualquer forma, trabalhamos com qualquer governo na defesa dos penaguienses, por isso é-nos quase indiferente o resultado. O nosso principal objetivo é lutar pelos interesses e pela população de Santa Marta de Penaguião”. [caption id="attachment_1215" align="alignleft" width="200"] José Fontão Tulha, presidente da Câmara de São João da Pesqueira[/caption] “Na minha opinião, como ponto alto destas eleições legislativas, para o Concelho de S. João da Pesqueira, é o facto de um “filho da terra” ter sido eleito deputado e a partir deste momento termos uma voz ativa junto do poder de decisão, falo pois do meu amigo e ex-autarca, Eng. António José Lima Costa. Os resultados só daqui a uns tempos se poderão medir, mas penso que com a renovada representação dos deputados eleitos pelo Distrito de Viseu, na Assembleia da República, é de antever que haja uma maior preocupação com o nosso território e com esta Região e consequentemente como temos lutado desde que estamos na Autarquia, com a defesa dos interesses da população que vive no interior do País.” [caption id="attachment_1232" align="alignleft" width="200"] Carlos Silva Santiago, presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe[/caption] "Se for um governo de centro-direita, ou então um governo de direita com o consentimento do Partido Socialista, tenho a certeza que o projeto Portugal à Frente com alguma estabilidade pode dar continuidade ao crescimento da economia que tem acontecido, à diminuição do desemprego, e acima de tudo a esta consciência cívica que foi criada no país. Eu penso que a maior vitória que este governo teve foi a mudança da consciência do país, nós passámos a perceber que Portugal não pode viver acima daquilo que é. Eu acredito que é mais viável este governo de PS, PSD e CDS, do que só a PàF sozinha, porque cria uma estabilidade muito forte para o país. Eu acho que se forem só uns pequenos ajustes de números nos programas de cada um deles teríamos o Governo perfeito entre estes três partidos. O mais desejado é que para concelhos como o nosso exista estabilidade." [caption id="attachment_1217" align="alignleft" width="200"] Carlos Carvalho, presidente da Câmara Municipal de Tabuaço[/caption] "Este governo ainda vai ser composto, portanto ainda não conseguimos prever muito bem o impacto que irá ter no nosso concelho. Aqui em Tabuaço existe uma coligação entre o PSD-CDS, portanto ficámos satisfeitos com o resultado inequívoco que houve no dia 4 de outubro, aqui no concelho, em Viseu e também em Portugal. Agora que esta vontade do povo em continuar com a estabilidade que temos vivido que seja respeitada. O que esperamos é que a estabilidade do país continue, para que haja estabilidade económica que permita que tanto nós aqui no interior como no resto do país, consigamos sair desta crise." [caption id="attachment_1206" align="alignleft" width="300"] Valdemar Pereira, presidente da Câmara Municipal de Tarouca[/caption] "Felizmente que os dias de hoje já são muito diferentes de outros tempos. Atualmente existe um grande respeito pelos autarcas e pelo território que representam. Assim, em meu entender, não será pelo facto do governo ser de um ou de outro quadrante político que existirá um qualquer impacto, positivo ou negativo, no nosso concelho. Na minha opinião, não será o resultado das eleições legislativas a criar impacto, mas sim as políticas de desenvolvimento, investimento e de apoio a zonas desfavorecidas, como é o interior do país, onde se insere o Município de Tarouca."