Estimados Leitores,
O resultado das eleições Europeias é bom para todos os partidos e coligações, exceto talvez para o Livre que teria a expectativa frustrada de ter um eurodeputado.
Para o Partido Socialista, em função das profundas alterações recentes da configuração política do parlamento nacional, ter conseguido perder só um eurodeputado é um excelente resultado, pois com a subida da direita e da extrema direita o normal seria que perdesse mais do que perdeu. Ser o partido com mais votos é normal, pois numa eleição em que o militantismo é mais pronunciado e a abstenção é maior que noutras eleições em Portugal não se esperava outra coisa.
Para a Aliança Democrática, que inclui, entre outros o Partido Social Democrata e o Centro Democrático Social, o resultado é muito bom. Perder por muito pouco em termos de número de votos nestas eleições com as suas características próprias e não perder nenhum eurodeputado em relação aos eleitos em 2019 é obra, tendo em conta que o eleitorado da coligação é almejado por dois partidos que não tinham representação e passaram a ter e é alvo também deste Partido Socialista que tem moderado os seus discursos e melhorado a capacidade de comunicação e gestão.
Para a Iniciativa Liberal é um resultado histórico, o melhor de sempre do Partido. Eleger dois eurodeputados é muito bom.
Estes são os partidos europeístas, de orientação central e pró Ucrânia, que são representados por 17 dos 21 eurodeputados.
Já o Chega também poderia cantar vitória pois também passa de zero para dois, mas claro que perde, e muito, face às expectativas e aos resultados anteriores das legislativas. E quase que perde o terceiro lugar para a Iniciativa Liberal.
Já o Bloco de Esquerda e a Coligação Democrática Unitária conseguiram manter um dos dois eurodeputados que cada um tinha. É uma derrota e muito expressiva, mas face aos resultados das legislativas e às previsões das sondagens acaba por ser um excelente resultado para estes partidos e coligações.
Ou seja só 4 dos 21 eurodeputados são de partidos extremistas que não são europeístas.
Mais uma vez o povo português demonstra que vota com sapiência.