A internacionalização é um dos eixos estruturantes do Programa Estratégico da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e afigura-se como um caminho natural para assegurar a sua sustentabilidade e o seu futuro. Os seus propósitos decorrem da missão e da vocação da nossa Academia, centradas na formação de cidadãos para o Mundo, comprometidos e empenhados com a resolução dos grandes problemas da Humanidade, e também nos desafios e nas oportunidades que a massificação e a crescente globalização do Ensino Superior colocam às universidades.
As universidades dos novos tempos não têm muros nem paredes e o conhecimento há muito que não tem fronteiras, estando cada vez mais disponível e acessível a qualquer um e em qualquer ponto do globo. Para se consolidar neste ambiente cada vez mais exigente e competitivo, a UTAD tem de afirmar e valorizar a sua marca identitária, captar mais estudantes, docentes e investigadores internacionais e promover globalmente o seu capital académico, científico e tecnológico. É o que temos vimos a fazer, modéstia à parte, com muita vontade e algum sucesso, ao longo dos últimos anos.
O número de estudantes internacionais tem crescido de forma significativa. Em 2023, estavam matriculados cerca de 1000 alunos estrangeiros (12% do total e quase o dobro do valor registado em 2018/2019), oriundos de 50 países, na sua grande maioria da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (Brasil, Angola, Moçambique, Timor, Cabo Verde, Guiné e S. Tomé e Príncipe).
A mobilidade internacional e o intercâmbio de estudantes e docentes aumentam a cada ano que passa. Em 2023, a UTAD tinha em vigor 513 protocolos ERASMUS com instituições de Ensino Superior (IES) de 25 países, o que permitiu a 170 estudantes e 90 docentes frequentarem ou partilharem experiências em 23 países. Na UTAD, recebemos 196 estudantes e 52 docentes de 16 países.
A cooperação institucional tem vindo, também, a consolidar-se. Entre 2017 e 2023, foram celebrados 241 acordos internacionais, lançados 10 ciclos de estudos em colaboração com outras IES estrangeiras (5 mestrados e 5 doutoramentos), desenvolvidos 104 projetos de investigação e 45 projetos de extensão, com o firmar de várias parcerias estratégicas com empresas mundiais: Continental, Neoception, IBM, Merkle, Iberdrola, Fischer.
A crescente internacionalização da UTAD é não só uma oportunidade para o desenvolvimento da nossa Academia, mas, também, da região de Trás-os-Montes e Alto Douro, porque atrai e gera recursos humanos qualificados, competências, conhecimentos, tecnologia e investimentos. Estarão os agentes políticos, institucionais e económicos da região preparados para agarrar esta oportunidade?