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Grupo de viticultores durienses vai reunir com Marcelo Rebelo de Sousa em Belém

Decisão saiu de reunião entre os viticultores e autarca de São João da Pesqueira, Manuel Cordeiro, que garantiu o transporte do grupo até Lisboa. Encontro terá lugar na próxima segunda-feira, 2 de setembro.

Marcelo Rebelo de Sousa era esperado em São João da Pesqueira esta tarde para participar da reunião que decorreu no cineteatro local, contudo o acidente com o helicóptero com seis elementos da GNR no rio Douro acabou por cancelar a presença do Chefe de Estado no encontro.

Confirmada a ausência do Presidente da República, o mesmo “disponibilizou-se de imediato a receber uma delegação de viticultores em Belém para que lhe sejam apresentadas as preocupações da região com a atual situação”, comunicou Manuel Cordeiro aos cerca de 200 viticultores presentes na sala.

“O trágico acidente impossibilitou o Presidente de estar hoje aqui em São João da Pesqueira, compreendemos e não faria sentido ser de outra forma. No mesmo momento o Presidente sugeriu segunda-feira estaria disponível para nos receber e cumprir com a promessa de nos ouvir presencialmente.

Foi por isso que decidi manter o encontro e vir aqui dizer isso mesmo, acredito que as pessoas aceitaram bem até porque esse grupo ficou formado e segunda-feira estaremos em Lisboa, no Palácio de Belém.

No final da reunião, em declarações à comunicação social, o autarca, Manuel Cordeiro fez questão de sublinhar que esta era uma iniciativa popular, que merece o apoio total da autarquia.

“Este manifesto dos viticultores, não é da autarquia. A CIM Douro tem um grupo de trabalho para estas questões e tem uma proposta apresentada. No que diz respeito a São João da Pesqueira, estou sempre solidário com os nossos viticultores e estou sempre com eles para a luta, como devem entender.

Este grupo surgiu autonomamente, só lhes vim transmitir o meu apoio e dar a conhecer a minha opinião que era favorável à ida a Belém, independentemente de amanhã poderem adotar outras formas de luta”.

Sobre as reivindicações que os viticultores predem levar ao Presidente da República, Manuel Cordeiro considera que são justas, chegando mesmo a admitir ter mudado de opinião sobre a questão da utilização de aguardente produzida na região.

“As reivindicações são conhecidas por todos há muito tempo. Podemos questionar se alguma delas é exequível exatamente como é proposto, mas não tenho dúvidas que a fiscalização efetiva no território, que o IVDP não faz e devia fazer, é essencial. A questão de utilização de aguardente da região também faz sentido, não na totalidade, mas uma parte, aumentando assim a qualidade do nosso produto também. Isto pode trazer algum equilíbrio até porque pode gerar alguma escassez de produto (uva), obrigando a que este seja pago a um preço mais elevado, refletindo-se no agricultor”.

Entre os produtores foi também levantada a questão da participação de outros municípios para em conjunto poderem manifestar-se em Lisboa, contudo o autarca pesqueirense preferiu não abordar a questão explicando que irá partilhar com os colegas o desenvolvimento da reunião.

“Vou comunicar aos meus colegas da CIM o que falei com o Presidente e o que aconteceu nesta reunião, depois cada um pensará por si. Tenho que estar solidário com os meus, com as gentes de São João da Pesqueira, mas sendo sempre leal também com os meus colegas”.

Entre os produtores que irão segunda-feira a Lisboa está Filipa Pizarro, produtora e enóloga, que considera esta oportunidade única, salientando a importância de apresentar ideias claras para a mensagem passar

“Segunda-feira será uma oportunidade excelente de, em viva-voz, podermos transmitir não só as nossas preocupações, como algumas das soluções que nos parecem viáveis. Obviamente que não há uma solução única, mas sabemos onde estão as lacunas e quais os caminhos.

Também não será nesta reunião, e isoladamente com o Presidente da República, que alguma medida imediata surja, mas teremos a certeza de que a nossa voz é ouvida, confiantes que algo poderá acontecer, tenhamos nós clareza e objetividade a apresentar os reais problemas e caminhos para esta região”.

Questionada sobre a possibilidade de outras formas de luta, Filipa Pizarro acredita que o diálogo é a melhor forma de expor a atual situação da região.

“Sendo um país livre todos temos direito a manifestar a nossa opinião, contudo a conjetura é tão complexa e envolve tantas variáveis sem precedente que não será dessa forma que teremos mais credibilidade e faremos passar as nossas ideias. Manifestemo-nos sim, mas não percamos esta oportunidade de nos sentarmos à mesa com quem é só o nosso Chefe de Estado Maior”.

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