Reportagem Sociedade Vila Nova de Foz Côa

Festa das Amendoeiras em Flor de Foz Côa afirmou mudança na tradição

Com algumas novidades e um fim de semana extra, a Festa das Amendoeiras em Flor de Vila Nova de Foz Côa mostrou aos milhares de visitantes o melhor que o concelho do Douro Superior tem para oferecer.

Marcada pela afirmação da mudança que se iniciou na edição do ano passado, o certame terminou com um “balanço extremamente positivo”, afirmou João Paulo Sousa, autarca fozcoense, em declarações ao nosso jornal.

“Depois de 40 anos a fazer Amendoeiras em Flor temos que ter esta capacidade de nos reinventarmos sob pena de perdermos escala. A ideia do ano passado funcionou muito bem, temos dois momentos distintos ao longo dos fins de semana do certame que se dividem entre os eventos diurnos e os noturnos.

Tendo estas características especiais e introduzindo sempre elementos novos na festa, evidentemente que as pessoas vão à procura da novidade. Dentro daquilo que é tradição, introduzir novidade é muito importante e foi isso que fizemos”, explicou o edil.

João Paulo Sousa declarou ainda que este ano “o investimento feito foi superior”, justificando essa decisão com a importância da festa para o concelho, “são as nossas maiores festividades” e porque, no seu entendimento, “é um investimento que se reflete no nosso comércio local, na restauração, na hotelaria e nas nossas aldeias que recebem inúmeros visitantes durante estes três fins-de-semana”.

Para o autarca “é sempre difícil quantificar o número de visitantes porque não fazemos a festa num espaço fechado, contrariamente ao que é habitual. Por exemplo, no último fim de semana, pela primeira vez, teríamos mais de 8 mil pessoas a assistir ao concerto do Nininho Vaz Maia, e dessas mais de duas mil ficaram até ao fecho do recinto, às 3 da manhã com dj’s”.

Englobado na Festa das Amendoeiras em Flor, no centro da cidade houve também um mercado com mais de 120 stands que se juntaram aos cerca de 30 no interior do ExpoCôa, estes maioritariamente ocupados pelas freguesias fozcoenses que ali divulgam os seus produtos e património.

“Continuo a apostar no património e na cultura como a maior porta de entrada do turismo. Acho que é uma batalha que tem sido ganha e é o caminho que vamos prosseguir no nosso concelho”, afirmou o autarca.

Nos vários eventos que decorreram durante os quatro fins de semana de festejos destaque para o passeio motar que contou com cerca de 700 participantes, e os passeios pedestre que envolveram mais de 400 pessoas.

Destaque ainda para o Trail das Amendoeiras em Flor, que este ano se realizou no fim de semana seguinte ao cortejo, prolongando assim as festividades, que contou com 800 participantes “que primeiro exercitaram o corpo, durante a prova, e acabaram a exercitar a alma com a prova da nossa gastronomia e dos nossos produtos regionais”.

“O desfile etnográfico, que é um dos eventos mais importantes desta celebração este ano também teve novidades com a colocação de duas bancadas, com pouco mais de 500 lugares, e a apresentação dos carros alegóricos. Tivemos muita gente a assistir, de todo o país, com especial destaque para a região norte que normalmente acorre em massa a este evento”.

Para João Paulo Sousa, as mudanças não ficam por aqui e muitas outras estão já a ser pensadas para as futuras edições deste certame.

“Necessariamente tem que haver alterações. Sou uma pessoa inconstante, não gosto de me acomodar às coisas e por isso vamos alterando aqui e ali, sendo que o aumento do número de bancadas é uma possibilidade até porque permite esta situação da apresentação dos carros para aqueles que são de fora conseguirem entender melhor o nosso desfile que é etnográfico, não é carnavalesco”.

Entre as quase três dezenas de carros eram variadas as referências às tradições e costumes do concelho, bem como à distinção do Douro como Cidade Europeia do Vinho que este ano se assinala por toda a região e que foi referenciada nos diversos momentos das festividades, incluindo no desfile etnográfico.

Entre as alegorias, os estudantes da escola de Vila Nova de Foz Côa destacaram a luta pela reabertura da Linha do Douro, um processo importante para o concelho que os jovens assumem também como uma luta sua.

“Em 1994 foram os estudantes que tomaram as rédeas do processo Gravuras-Barragem, tiveram um papel essencial e, neste momento, estão já também envolvidos na luta pela reabertura da Linha do Douro, numa demonstração que isto não é um assunto apenas político”.

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