Através de um protocolo assinado com o Instituto Politécnico da Guarda (IPG), o Município de Vila Nova de Foz Côa, liderado por João Paulo Sousa, realizou uma antiga ambição com a abertura da primeira turma do Ensino Superior no concelho.
“Isto é uma aspiração antiga que tínhamos, todos os autarcas que passaram por aqui tentaram trazer o Ensino Superior para Vila Nova de Foz Côa, felizmente conseguimos cumprir agora esse desejo”, afirma João Paulo Sousa, autarca fozcoense.
No distrito da Guarda, excluindo Seia onde o IPG tem uma Escola instalada, Foz Côa é o único concelho que tem um curso superior, deslocado do Politécnico.
De acordo com o autarca, para que o sonho fosse realidade foi necessária “alguma insistência e persistência para encontrar a consistência necessária entre o Presidente da Câmara e o Presidente do Instituto Politécnico, Joaquim Brigas”.
“Ouvi as entidades locais e as aspirações dos alojamentos e do setor do turismo e ficou evidente que era importante termos aqui um curso superior ligado ao turismo. A designação do curso ficou “Alojamentos Turísticos e seus derivados”.
A aposta na formação neste setor é “importante” para o município porque “cada vez chegam mais turistas e temos que os saber receber bem. Hoje a exigência do mercado é cada vez maior, portanto temos que os saber receber bem, com qualidade e profissionalismo, para que voltem”.
Apoios garantidos aos alunos
A funcionar desde o dia 3 de janeiro, o município tem já alguns apoios específicos para os alunos. Para aqueles que são do concelho o município suporta os custos das propinas, para os estudantes deslocados, “como é o caso de dois alunos dos PALOP que estão cá”, é garantido o alojamento.
Solidificar para crescer
Perspetivando o futuro, João Paulo Sousa quer agora “solidificar este projeto”.
“Foi muito difícil conseguirmos arrancar com este curso, não descarto a abertura de novos cursos, mas neste momento é importante solidificar este curso”.
Cativar alunos após secundário
A divulgação do curso passará também pelos alunos do secundário de Foz Côa porque, afirma o autarca, “há muitos alunos que saem do ensino secundário e têm dificuldade em encontrar uma solução credível para prosseguirem os estudos. Aqui têm a possibilidade de ter um curso superior, se depois pretenderem ir para o IPG terminar a licenciatura terão inclusivamente equivalência em algumas cadeiras”.
Desta forma o município pretende “segurar em Foz Côa os mais jovens por forma a colmatar a falta de mão-de-obra especializada que existe na região no setor do turismo”.
Com uma turma em funcionamento são “para já”, sublinha o autarca João Paulo Sousa, “17 alunos, sendo que dois deles são dos PALOP”, um objetivo que se “pretende aumentar” à medida que os anos forem passando.