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Encerramento devido a Legionella acentua a incerteza sobre o futuro do hospital

[caption id="attachment_1876" align="alignleft" width="300"]Hospital do Peso da Régua | Foto: Direitos Reservados Hospital do Peso da Régua | Foto: Direitos Reservados[/caption]

Um surto de Legionella encerrou o Hospital D. Luiz I, no Peso da Régua, no dia 3 de março. A unidade de saúde faz parte da rede do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), que também inclui os hospitais de Chaves, Lamego e Vila Real.

Cerca de duas semanas após o encerramento do Hospital do Peso da Régua, devido à presença da bactéria Legionella na rede de água do edifício, ainda não há previsão para a reabertura da unidade hospitalar.

Francisco George, diretor-geral da Saúde, aquando do encerramento do hospital, afirmou à agência Lusa que “o sistema de vigilância da qualidade da água identificou a presença da bactéria Legionella e, uma vez identificada, foram tomadas as medidas, sublinho, em termos de boas práticas, que devem sempre ser tomadas: reduzir o risco dos doentes aí presentes, e do pessoal, em contrair a infeção”, frisando que “não há qualquer doente infetado e esta é uma medida de precaução”. Duas semanas após o incidente, nenhum dos pacientes apresentou sintomas da bactéria.

No dia 3 de março, Alfredo Gomes, dirigente nacional do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), afirmou que apenas no dia anterior os enfermeiros foram avisados que iriam ser transferidos para o hospital de Chaves. O dirigente do SEP lamentou “a falta de informação para com os profissionais” e a incerteza em relação ao que se irá desenrolar com todo este processo.

O médico Eduardo Miranda, que iniciou a sua atividade profissional na unidade de saúde reguense, colocou recentemente uma tarja em frente ao hospital, com a pergunta “Quem te pariu legionella?”. Em declarações ao VivaDouro, o médico sublinhou que esta questão se dirige ao “Poder Central e todos aqueles que vêm o interior do país como uma parte dispensável, um peso, um estorvo, um desperdício de energia e de números financeiros”, acrescentando que “a probabilidade "desta" legionella se transmitir aos doentes e aos funcionários era ínfima e não era necessário o espectáculo mediático que se seguiu”.

O conselho da administração do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) informou na passada quinta-feira (10 de março), que estão a decorrer “contra-análises com vista a salvaguardar a qualidade da água no hospital”, não se pronunciando em relação ao futuro da unidade hospitalar. Os resultados da contra-análise vão ser avaliados pelo Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde (ARS) Norte e a Direção Geral de Saúde (DGS).

“Estamos a tentar assegurar todas as condições de segurança antes de voltar a transferir os pacientes para a unidade hospitalar”, revelou ao Expresso Pimenta Marinho, presidente do conselho diretivo da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte.

Eduardo Miranda salientou a importância e o “papel relevante e mutifactorial” do hospital do Peso da Régua, “essencial social, técnica e economicamente para a população reguense”. O médico solicitou à Direção-Geral de Saúde informações sobre “as análises e os pontos de colheita onde foi detetada” a bactéria, contudo o profissional de saúde afirma que a DGS o remeteu para a Unidade de Saúde Pública do ACES de Vila Real e que não houve disponibilidade para uma resposta.

Doze dos pacientes internados no Peso da Régua foram inicialmente transferidos para o hospital de Chaves, assim como os profissionais de saúde. Entretanto os pacientes foram novamente transferidos, cinco para o hospital de Lamego, quatro para Vila Real e três para unidades de Cuidados Continuados próximas da sua área de residência.

Para Eduardo Mirando “a reabertura e requalificação do Hospital D. Luíz I na órbita do Serviço Nacional de Saúde ou sob a direção da Santa Casa da Misericórdia” seriam as soluções indicadas para o Hospital do Peso da Régua.

“Será este um encerramento definitivo?” é a pergunta que a população faz neste momento mas que ainda não tem resposta.

 

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