Estimados Leitores,
Termos expectativas de crescimento da economia, afastando-se assim o cenário de recessão na Europa é uma notícia muito boa.
O ambiente externo é muito complexo. Uma guerra a decorrer às portas da Europa; uma evolução económica e social complexa na China e na India e uma cada vez maior imigração proveniente dos países de Africa e da América do Sul faz com que as incertezas sejam muitas e a necessidade de tomar medidas preventivas seja grande.
Num cenário como o atual, com a inflação muito maior do que as subidas de preços dos salários e com a consequente quebra no poder de compra das famílias é um verdadeiro milagre económico a capacidade de não entrarmos em recessão.
Será que estamos a ser conduzidos por verdadeiros crentes ou são expectativas irrealistas que nos são apresentadas?
No início do Fórum Econômico Mundial, em Davos foram apresentadas previsões da maior parte dos executivos e economistas de que uma recessão global é bastante provável este ano. A nossa comunicação social preferiu destacar as declarações do Sr. Governador do Banco de Portugal: “Davos. Centeno acredita que Europa escapa à recessão”. Nestas declarações, refere que também o 4º trimestre de 2022 se esperava que fosse já recessivo, mas, na verdade, é de aumento da economia. E argumenta que uma vez que tal aconteceu no 4º trimestre também pode acontecer no 1º de 2023.
Resolver ignorar que a PricewaterhouseCoopers apresentou, em Davos, os resultados de um questionário a 4.410 líderes empresariais entrevistados entre em outubro e novembro, em que 73% opinam que o crescimento global vai diminuir nos 12 meses seguintes e que este foi o resultado mais pessimista desde que esta consultora iniciou esta pesquisa anual em 2011 é uma opção perigosa para os investidores e empresários.
Por isso devemos estar atentos, conscientes que não será tão mau como alguns pintam, mas que também não nos espera um mar de rosas.