No último Congresso nacional do Partido Social Democrata (PSD), realizado no início deste mês em Viana do Castelo, foram eleitos para o Conselho Nacional três conselheiros do Douro, Pedro Duarte de Vila Nova de Foz Côa, António Marques de Murça e André Marques de Peso da Régua sendo, este último, o único a garantir a sua reeleição.

Um dos pontos de interesse da reunião magna dos sociais democratas foi a eleição do Conselho Nacional, órgão máximo do partido entre Congressos e representa, habitualmente, as várias sensibilidades do PSD, à qual se apresentaram um total de 10 listas.
Entre os eleitos três nomes chegam da região do Douro, para os três delegados esta eleição significa garantia de representação da região, fator que todos consideram de elevada importância para dar voz aos interesses e preocupações dos durienses.
“Quantos mais votos houver entre a região, a defender a região, acho que mais possibilidades temos de nos fazer ouvir com mais força e portanto aquilo que pretendemos fazer, no concelho nacional e noutros fóruns é a defesa do interior”, afirma António Marques.
A mesma ideia é defendida por Pedro Duarte que defende que desta forma a região “tem mais uma voz ativa no órgão nacional de um partido que se propõe sempre a ser um partido do governo” por isso, defende o conselheiro, “a região do Douro só pode sair beneficiada”.
Para André Marques, a importância deste eleição é também um benefício para a região que assim garante voz num órgão nacional, “ se cada um, nas suas capacidades, conseguir influenciar positivamente em favor das causas da região, cresceremos todos, independentemente da cor partidária em causa.
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“Para mim, a Linha Do Douro tem particular interesse, sendo natural do concelho de Foz Côa. Acho que era absolutamente estruturante, para toda a Região Demarcada do Douro, que nós conseguíssemos avançar com essa obra e fazer a ligação a Salamanca, seria para todo o Douro, quase que poderemos dizer que haveria um momento antes da linha e outro depois. Seria estruturante para todo o Douro quer para o turismo, quer para a circulação de pessoas e mercadorias”, afirma Pedro Duarte.
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"Outras duas áreas que eu acho que deviam também merecer uma discussão mais profunda e alguma revindicação são o setor da floresta onde o acesso a fundos é dificultado por estarmos em diferentes patamares comparativamente a outras regiões, e a questão da vias de comunicação municipais, temos autoestradas e vias rápidas a atravessar a região mas quando saímos dessas vias principais a rede viária municipal tem muitos problemas dificultando a vida e o trabalho de todos que cá estão”, declara António Marques.
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André Marques, por sua vez, refere a Linha do Douro mas também os desafios da viticultura no Douro, bases para um desenvolvimento sustentado também no turismo. “A próxima década reserva muitos desafios importantes para região, necessitamos de ter um diálogo mais estruturado que aproxime todos os agentes do território. Numa dimensão infraestrutural temos a eletrificação da linha de douro e a ligação a Espanha é uma prioridade indiscutível e com mais força neste momento, é uma causa que tem conseguido unir o território. Não devemos esmorecer nesta luta, temos de estar em constante movimento para não deixar cair no esquecimento. Outro grande desafio, é a valorização da viticultura como elemento chave de toda a dinâmica económica da região. Se conseguirmos fortalecer a figura do pequeno viticultor dando-lhes condições para se profissionalizarem e por sua vez o setor do vinho ganhar melhor posição no mercado mundial, acredito que a sustentabilidade do Douro venha a ser extremamente positiva. Quanto ao turismo, que tem tido um enorme crescimento com uma componente forte na economia da região, devemos ter a noção de que é um setor mais vulnerável do que a viticultura, aliás, sem as vinhas bem tratadas o turismo esmorecerá. Pode parecer um cliché, mas considero mesmo importante que a região assuma a necessidade de uma nova era na viticultura duriense, esta prioridade tem de ser tratada com especial atenção e merece a nossa união”.