Diversificar a economia do Douro

A CCDR-N promoveu em Moimenta da Beira uma reflexão sobre a inovação e a importância do setor frutícola na Região Norte, com o objetivo de identificar os desafios ao nível da investigação e da valorização do mercado.

O Norte possui condições climáticas favoráveis para a produção de frutos de qualidade e, face à diversidade climática, está bem posicionado nos mercados para apresentar produtos diferenciados e seguros. No Douro, a produção de maçã tem vindo a ganhar expressão nacional em concelhos como Moimenta da Beira, Armamar e Carrazeda de Ansiães.

Contudo, o setor debate-se com desafios de organização da comercialização, de valorização do produto e não está imune ao cenário global de mudanças climáticas.  O aumento das temperaturas e a diminuição da precipitação constituem uma ameaça também no Douro, exigindo a atenção dos agentes económicos, dos decisores políticos e do sistema científico.

Este desafio exige experimentação para avaliar as variedades que melhor se adaptam às alterações climáticas em cenários de escassez de água. Exige investigar soluções tecnológicas e inovação ao nível das práticas culturais, casos dos sistemas de condução, da poda, dos tratamentos e da gestão do solo. A investigação passa também pelo estudo das tendências de mercado e do comportamento do consumidor, envolvendo estratégias e soluções para acrescentar valor, dinamizar a inovação rural e fixar pessoas no território.

A valorização económica dos recursos é uma prioridade transversal ao Douro. A sustentabilidade da região reclama uma carteira diferenciada de atividades económicas, diversificar a estrutura de produção e apostar em produtos de maior valor acrescentado que se traduzam na criação de riqueza, distribuição de rendimento e na melhoria da equidade social.