O Douro está no mapa mundial dos vinhos de excelência e entre os principais roteiros mundiais de enoturismo. Reconhecidamente, inscrito na Lista do Património Mundial enquanto Bem comum, cultural, pertença do mundo, a todos compete preservar.
Valorizar o caráter único do Douro, a raridade e beleza da paisagem decorrente do trabalho que sucessivas gerações de durienses criaram, exige consciencialização política, social e económica, visando a sustentabilidade de um território desafiante.
A sustentabilidade passa por soluções políticas e institucionais que mitiguem crises, como a que reina na atualidade no setor do vinho. Mitigar o presente, prevenir o futuro do Douro, devem estar bem presentes na mente dos decisores públicos e privados.
A crise que tem vindo a ser noticiada exige um compromisso sério com o desenvolvimento do Douro, mas também medidas estruturantes que promovam a estabilidade, independentemente dos ciclos políticos.
O Douro precisa, igualmente, de políticas que atraiam investimentos que promovam a inovação e o emprego qualificado. São necessários projetos que induzam a criação, a retenção e a redistribuição de valor. Colocar a sustentabilidade no topo das prioridades coletivas exige também a convergência de esforços o consenso entre os atores regionais e as instituições.
As medidas são já conhecidas e passam por recuperar e atualizar as orientações propostas no Rumo Estratégico, um trabalho realizado por investigadores da UTAD. Deve também ainda ser perspetivada a reorganização institucional do setor.
No atual cenário de rápidas mudanças, pautado por uma envolvente de grande complexidade e exigência, o Douro tem de sair do ambiente de algum conforto e mesmo de cristalização, devendo pensar caminhos e assumir decisões, imprescindíveis para a sua sustentabilidade.
Ciente das suas responsabilidade e do seu papel enquanto associação cívica, a Liga dos Amigo do Douro assume o compromisso de contribuir para ajudar a cumprir um Douro de sustentabilidade e de progresso.