Foi através de uma publicação na rede social Facebook que os Bombeiros Voluntários de Tabuaço tornaram pública a falta de material de proteção individual que começam a sentir, solicitando ajuda a quem possa ter material para fornecer.

“Os Equipamentos de Proteção Individual que tínhamos de reserva estão a terminar. As autoridades competentes têm tido dificuldade em nos equipar convenientemente para nos protegermos do perigo de contaminação.
Os nossos fornecedores habituais também não conseguem satisfazer as nossas pretensões.
Assim sendo, resta-nos apelar a quem tenha conhecimento de alguém que nos possa fornecer algum desses equipamentos, sobretudo máscaras e luvas, que nos faça chegar o contacto. Ou, eventualmente, a alguém que tenha disponibilidade de nos ofertar com tão preciosos equipamentos”.
Em declarações, em exclusivo ao jornal VivaDouro, Aurélio Ferreira, adjunto de comando da corporação começa por afirmar que “esta situação não se vive apenas nos bombeiros de Tabuaço mas em todas as instituições que lidam com esta situação do Covid-19”.
O responsável conta ainda que a corporação tem contactado os seus fornecedores habituais e tem também sido contactada por diversas empresas fornecedoras deste tipo de material sem, no entanto, ter conseguido até agora adquirir qualquer material.
“Os nossos fornecedores habituais de máscaras, gel desinfetante, etc, dizem-nos que têm todo o material esgotado. Também temos sido contactados por várias empresas que nos dizem que têm material, nós encomendamos mas esse material nunca chega.
Nós fizemos uma encomenda de desinfetante para as ambulâncias há mais de um mês, ainda não havia sequer nenhum caso em Portugal, garantiram-nos que chegaria no prazo de uma semana e até agora ainda não recebemos nada.
Ainda hoje foi um carro para o Porto para tentar encontrar máscaras de proteção individual, que não são aquelas que devíamos ter mas pelo menos ficamos com a garantia de ter alguma segurança”.
Os preços praticados atualmente na aquisição destes materiais também é um problema para Aurélio Ferreira. “Outro problema é os preços que se praticam atualmente, há dias contactei uma empresa para comprar desinfetante, como não tinham propuseram-nos adquirir álcool, quando perguntei o preço, por uma garrafa das pequenas que normalmente se compra no supermercado por 1€, estavam a pedir 11 euros”.