Autarcas durienses, contactados pelo VivaDouro, acreditam que a demissão de Pedro Nuno Santos não irá implicar o andamento do projeto da Linha do Douro que tem apresentação marcada para o primeiro trimestre de 2023.
José Manuel Gonçalves, autarca reguense, sublinhou a relação “muito positiva” que o agora ex-governante teve com a região, e que resultou no compromisso de reabertura da Linha do Douro.
“Quando um ministro com esta visão sai não podemos deixar de ficar preocupados, contudo, acredito que a visão estratégica será para manter até porque a sua importância já foi provada por diversos estudos, tal como a sua viabilidade”.
Para Nuno Ferreira, autarca de Freixo de Espada à Cinta, a saída do Ministro das Infraestruturas, “é surpreendente e uma perda para o país”, justificando que “foi um verdadeiro ministro da república porque sempre teve um sentido de Estado como poucos têm e há muito não se via”.
O autarca freixenista acredita, no entanto, que o projeto da Linha do Douro não será afetado por esta demissão, e que “o compromisso assumido em Freixo de Espada á Cinta será honrado e no primeiro trimestre de 2023 será lançado o concurso do projeto para a linha”.
Nuno Ferreira quis ainda deixar uma mensagem de apreço a Pedro Nuno Santos “pela capacidade de trabalho que sempre demonstrou ao longo dos anos que esteve no Governo”.
Carlos Silva, presidente da CIM Douro, partilha da mesma opinião, sublinhando o trabalho desenvolvido por Pedro Nuno Santos que, acredita, seja partilhado pelos restantes membros do Governo.
“O ministro Pedro Nuno Santos era um aliado no processo da Linha do Douro, o seu sucessor levará em conta aquilo que são as linhas orientadoras do Governo e os compromissos que há com a região. Acredito que tudo continuará dentro dos timings previstos.
As negociações com o Governo estão fechadas, não temos que estar preocupados com o novo ministro, temos que estar atentos e continuar a acreditar que em março será aberto o concurso público para a execução do projeto de requalificação”.