Falar sobre as árvores e a floresta é falar sobre a natureza, a vida e a sociedade.
As árvores e as florestas desempenham muitas funções, seja em meio urbano, assim como no resto do território. As sociedades evoluíram e vivem numa relação e dependência muito estreita com a floresta. As árvores e as florestas comportam diversas dimensões. Ao mesmo tempo, as florestas constituem uma estrutura essencial do planeta.
Sem árvores, a vida seria muito difícil.
Mas não pode ser uma qualquer floresta, nem uma qualquer gestão.
Conhecendo as florestas e a sua gestão em toda a Europa, e para além dela, como os E.U.A, é com preocupação que se observa como as árvores e as florestas são geridas no nosso País. Existe um grande desconhecimento destas matérias por parte da sociedade em geral, das instituições e das organizações, nomeadamente as que têm uma função governativa e operacional.
A floresta é a imagem de um País e da sociedade, o que nos leva a refletir sobre a forma como é administrada, sobre a relação com o nosso entorno.
Muitas paisagens do nosso território encontram-se muito degradadas, o que em si tem também consequências sobre a qualidade de vida.
Muitas florestas e territórios encontram-se fragilizados, o que cria dificuldades adicionais perante as alterações climáticas, a desertificação ambiental, entre outros.
O modo como a sociedade irá responder aos desafios vai depender da consciencialização e do comportamento, individual e coletivo, tendo diversas organizações internacionais convocado o compromisso das nações para a adoção de adequadas medidas para a sustentabilidade.
Atualmente, uma parte importante da gestão das florestas que tem vindo a ser desenvolvida na Europa procura ir ao encontro destes desafios.
Uma das questões que se coloca entre nós é a de saber se seremos capazes de responder a estes desafios em prol do bem-estar das gerações e do planeta.
O Dia Mundial da Árvore foi instituído em 1971, tendo em 2012 sido alterado para Dia Internacional das Florestas.
Celebrar o Dia Internacional das Florestas é também celebrar a vida, a natureza e as relações com a sociedade.
Mas que tipo de celebração se pretende? Qual a celebração que pode conduzir a uma efetiva melhoria do País nesta matéria? Uma celebração numa relação consistente e perpetuada, não apenas pontual.
É necessário um novo olhar do País para as árvores e para a floresta, cabendo às gerações mais novas um papel essencial para uma mudança neste desígnio. Uma vez que aumenta também a responsabilidade da sociedade, bem como, a necessidade de profissionais na promoção da gestão do território.
Num panorama complexo de questões que as florestas e as árvores hoje suscitam, entre posições ou noções algo ultrapassadas e soluções que possam encontrar durabilidade e coerência com as exigências presentes e do futuro.
O planeta, a biodiversidade e as sociedades vivem atualmente momentos algo periclitantes.
Por isso, também, a responsabilidade é crescente.
Espera-se que a plantação comemorativa, como ação para o bem, possa estender uma renovada esperança, perpetuando o papel relevante que as árvores e as florestas desempenham.
Planeta, perdoa a nossa ingratidão.
As árvores trazem consigo diversos elementos, históricos, simbólicos, naturais, …
Há muito para ver numa árvore. Sendo nelas que centro o meu pensamento.
Arbor summum munus