Desde o primeiro momento que o Município de Mesão Frio, em conjunto com os municípios que compõem a CIM Douro, se mobilizou em torno da causa humanitária a favor dos refugiados ucranianos.
Empenhada em continuar a prestar a sua solidariedade, a Autarquia de Mesão Frio está a providenciar 45 camas, no edifício da antiga residência de estudantes, preparadas para acolher os refugiados que procurem alojamento em Portugal. As instalações cedidas pela Autarquia oferecem todas as comodidades indispensáveis ao conforto e à adaptação da comunidade ucraniana que está a ser vítima de um conflito atroz.
O Presidente da Câmara Municipal, Paulo Silva, referiu que “em Mesão Frio, estamos preparados para dar resposta à condição de vulnerabilidade social a que estas pessoas, que foram forçadas a mudar involuntariamente as suas vidas, estão expostas. Com a disponibilização de alojamento, esperamos, na medida do possível, restabelecer a dignidade das vidas de alguns refugiados e adaptá-los ao seio da comunidade mesão-friense. Para isso, contamos com a compreensão, com a solidariedade e com a atitude de bem receber, que tanto caracteriza o nosso povo, para que, juntos, possamos oferecer esperança a estes seres humanos que ficaram com as suas vidas em suspenso”.
Primeiros refugiados já chegaram
Chegaram a Mesão Frio, dois refugiados vindos da Ucrânia. Trata-se de dois jovens nigerianos que estavam radicados há vários anos em Kiev, onde completaram a sua formação universitária e onde estavam a trabalhar quando a Rússia invadiu o país.
Os dois engenheiros estão agora alojados no antigo edifício da Residência de Estudantes, onde agora podem descansar e tentar amenizar um pouco os tempos difíceis por que passaram. Em Mesão Frio vieram encontrar o conforto e a tranquilidade que lhes faltou nas últimas semanas e tentar recuperar forças para retomar um quotidiano que lhes foi roubado de forma brutal.
No total, os 19 municípios da CIM Douro estão a disponibilizar alojamento na região para cerca de 400 refugiados, oito autocarros para o transporte e três médicos que falam ucraniano para prestarem apoio à chegada.