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Aluna da UTAD cria software que permite “falar” com o computador através de expressões faciais

[caption id="attachment_2700" align="alignleft" width="300"]Andreia Matos, aluna da UTAD / Foto: Salomé Ferreira Andreia Matos, aluna da UTAD / Foto: Salomé Ferreira[/caption] Andreia Matos, aluna de mestrado da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), desenvolveu um sistema de reconhecimento de expressões faciais para o computador que permite a interação a pessoas sem qualquer tipo de mobilidade. Foi a prima de Andreia Matos, de 14 anos, que inspirou a criação do sistema, uma vez que possui uma doença neuromuscular degenerativa e não tem qualquer tipo de mobilidade. Este software “surge da necessidade urgente que a Bárbara tem em interagir com o computador, ela neste momento não tem qualquer solução para isso e sendo uma adolescente necessita de interagir com o computador para atividades da escola e terapias”, revelou aos jornalistas Andreia Matos. Uma vez que a adolescente move apenas alguns músculos faciais, a maior parte da comunicação diária é realizada através do recurso a expressões faciais, que são também a base do sistema desenvolvido. “Há muito tempo que queria fazer algo que melhorasse a qualidade de vida dela”, confessou Andreia Matos ao revelar que foram também as necessidades da prima que a fizeram ingressar no mestrado em Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade Humana na UTAD. [caption id="attachment_2703" align="alignleft" width="300"]Andreia Matos a testar o software / Foto: Salomé Ferreira Andreia Matos a testar o software / Foto: Salomé Ferreira[/caption] Este sistema “pode melhorar nas atividades da escola, nas terapias e também ao nível do dia-a-dia dela, ela passa muitas horas sem fazer nada e isto acaba por trazer alguns momentos de lazer que é coisa que falta à vida dela também”, explicou a aluna da universidade tramontana. Quando Andreia Matos apresentou a ideia a Pedro Couto, um dos seus orientadores e investigador na UTAD, o professor considerou um projeto “muito difícil”, revelou. “Nunca me tinha deparado com um caso destes, a prima da Andreia é de facto uma adolescente que não tem qualquer tipo de mobilidade, mexe alguns músculos faciais mas só com algum treino é que nós conseguimos distinguir algumas expressões”, acrescentou o docente da UTAD. [caption id="attachment_2704" align="alignleft" width="300"]Pedro Couto, orientador de Andreia Matos e investigador na UTAD / Foto: Salomé Ferreira Pedro Couto, orientador de Andreia Matos e investigador na UTAD / Foto: Salomé Ferreira[/caption] Apesar da dificuldade do projeto, Pedro Couto encontra-se satisfeito com o resultado final, “é gratificante chegarmos ao fim e podermos contribuir para melhorar o bem-estar de uma pessoa que tem todas estas dificuldades na vida”, afirmou. “Esperamos que este seja o primeiro passo para conseguirmos desenvolver mais coisas para a Bárbara”, acrescentou. Para além de ajudar a Bárbara, Andreia Matos pretende ainda que o software seja alargado a outras pessoas com diferentes tipos de deficiências, podendo assim ser adaptado caso a caso. “Queremos que isto seja para toda a gente, sabemos que se vai mudar a vida da Bárbara também irá certamente mudar a vida de outras pessoas”, afirmou a estudante.  

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