O primeiro “Cuidador Comunitário” do país está já a trabalhar em projeto piloto no Douro Sul, aldeia de Vila da Ponte, em Sernancelhe, distrito de Viseu. O Aldeias Humanitar continua desta forma a mobilizar os territórios para a inovação social.
O Aldeias Humanitar tem vindo desde 2019 a reivindicar a criação de uma função profissional que permita dar amparo às pessoas idosas que decidem viver o mais tempo possível nas suas casas. O “Cuidador Comunitário”está na aldeia, apoiando de forma continuada nas suas casas as pessoas que necessitem e manifestem vontade de ter este amparo. No caso deste projeto piloto, o “Cuidador Comunitário” é uma cuidadora, de 24 anos, com formação profissional em auxiliar de saúde, que reside numa das aldeias próximas e foi enquadrada com o apoio do Instituito de Emprego e Formação Profissional.
“O Aldeias Humanitar ambiciona contribuir para que as nossas Aldeias sejam verdadeiramente “Comunidades Amparadas”, dando qualidade de vida às pessoas, permitindo-se que a vida humana não se “extinga” nestes territórios. Precisamos de manter vivas as aldeias do interior de Portugal”, explica a Direção do Aldeias Humanitar.
O Aldeias Humanitar informa ainda que “para mostrar a importância desta resposta e ajustar o modelo de amparo do profissional “Cuidador Comunitário”, o projeto piloto é fundamental, pois terá avaliação técnica e científica para que sirva de referência e permita os ajustamentos que se venham a revelar necessários. No terreno, verificam-se já muitas situações que mostram de forma muito clara a urgência da criação oficial desta nova profissão em Portugal”.
A desertificação humana veio colocar os territórios do interior em colapso funcional, particularmente pela inexistência de retaguardas familiares ou de serviços.
O trabalho meritório das instituições locais, das juntas de freguesia e dos municípios, é já insuficiente para dar resposta às novas necessidades, desejando-se a implementação do “Cuidador Comunitário” para amparar as pessoas nas suas casas, agora em situação de isolamento e/ou vulnerabilidade provocadas pelo processo agudo de desertificação humana das nossas aldeias.