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A pedalar pela N2 para partilhar o interior de Portugal

Marco Neiva é um vlogger, natural de Barcelos, que deci­diu percorrer a Nacional 2 em busca de conhecer e dar a co­nhecer o interior do nosso país numa aventura que tem a du­ração de 35 dias, com paragens nos 35 municípios atravessa­dos por esta estrada. O Viva­Douro encontrou Marco Neiva na cidade de Peso da Régua e aproveitou para conversar um pouco com o youtuber sobre esta aventura.

Como surgiu a ideia de abraçar esta aventura?

A ideia surgiu como forma de relançar o meu canal do Youtube. No meu canal comecei a perceber que os principais conteúdos que obtinham mais inte­rações eram aqueles em que eu dava a conhecer Portugal e nesta fase de relan­çamento comecei a definir uma série de pilares que seriam a base sobre a qual iria trabalhar.

Já tinha a ideia de fazer esta estranha aventura e decidi pôr em marcha este projeto percorrendo a Nacional 2 em grande, 35 dias, 35 municípios, quase 740 quilómetros de bicicleta elétrica. O objetivo é todos os dias partilhar um vídeo sobre o que aconteceu nesse dia. É um projeto com uma componente digital muito forte, vou partilhando onde estou, os locais que visito, as pes­soas com quem vou interagindo, o que permite criar uma espécie de uma onda sobre o que está a acontecer neste momento, o Leitão soube através das redes sociais que eu estou aqui e veio ter comigo, assim como o Vasco que pertence a um clube de Vespas de Fel­gueiras que hoje veio ao meu encontro para me acompanhar durante alguns quilómetros… Tudo isto através das re­des sociais.

Mas há aqui também uma vertente ligada à mobilidade elétrica?

Sim. Esta viagem tem ainda uma com­ponente muito forte no que toca à mo­bilidade elétrica, desde logo pela bici­cleta que eu uso e que tem uma série de vantagens: é menos cansativo, per­mite percorrer distâncias mais longas e permite aquilo que uma mota permite também que é apreciar de uma forma mais livre aquilo que são as paisagens que vivenciamos ao longo da viagem.

Como tem sido a viagem até aqui, em especial pelos municípios do Douro?

Estou altamente surpreendido porque desde que arranquei o Douro tem sido fabuloso, seja pela paisagem, pela ofer­ta turística, uma gastronomia ótima, pessoas muito simpáticas. Tenho recol­hido estórias muito interessantes. E cla­ro, este cenário do Douro com as vinhas em socalco têm-me obrigado a trabal­har muito com o meu drone (risos).

Se lhe pedisse para descrever esta es­trada numa palavra, qual seria?

A palavra que melhor descreve esta N2 penso que seja diversidade. Desde as serras que existem junto a Chaves, a parte do Douro Vinhateiro, as terras que irei cruzar na zona de Coimbra, as planí­cies do Alentejo até às praias do Algarve. A N2 é uma espinha dorsal que une este Portugal do interior, sendo bem repre­sentativa do que é o nosso país.

A rota da N2 é um projeto ainda re­cente e muita gente diz que ainda há falta de sinalização, tem sentido essa dificuldade?

Com o GPS se temos alguma dúvida rapidamente resolvemos mas até agora não temos tido nenhum problema. Sei que há zonas que não estão ainda tão bem sinalizadas mas sei que há várias pessoas e entidades que estão a trabal­har nesse sentido, contudo são muitas questões burocráticas que por vezes se tornam um pouco mais lentas.

Portugal é um país de turismo, neste momento particular da nossa história somos convidados a descobrir o nosso país, que mensagem deixaria a todos aqueles que pretendem vir descobrir esta rota?

A N2 é um produto turístico que vai crescer nos próximos anos e acredito que nesta fase de desconfinamento ain­da mais até porque os portugueses são recomendados a não sair do país indo à procura de zonas mais calmas cá den­tro e esta estrada permite visitar locais onde não há muita gente com todas as condições para viajar tranquilamente, seja de mota, autocaravana, carro, etc.

Sendo uma estrada com muita diver­sidade, como já disse, tenho a certeza que os estrangeiros, quando a descobri­rem e perceberem o que têm oportuni­dade de vivenciar ao longo da N2, vai ser um local de passagem obrigatória.

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