A conclusão é de um estudo realizado pela NERVIR - Associação Empresarial aos seus associados, entre os dias 25 e 26 de março, sobre as dificuldades criadas pela pandemia do Covid-19.

Na análise aos números do estudo “conclui-se que 27,3% das empresas tem sentido dificuldade no abastecimento de matérias primas, em virtude de trabalharem com produtos oriundos de Itália, cujas unidades de produção encerraram, e outras pelo facto de trabalharem com produtos semi-acabados provenientes da China e Coreia do Sul; 72,7% das empresas refere que ainda não sentiu dificuldades de abastecimento”.
No que diz respeito à procura, 54% das empresas referem uma redução entre 80 a 100%, 18,2% das empresas refere uma redução de 60%; as restantes empresas, entre 10 a 40% de redução na procura, sendo mesmo um dos fatores que as empresas mais referem (cerca de 82%) como maior entrave à atividade empresarial, a par com os problemas de tesouraria.
O estudo da NERVIR debruçou-se ainda sobre as medidas que os empresários gostariam de ver implementadas como forma de minimizar os efeitos da atual situação.
De acordo com o relatório final enviado às redações, “as empresas referiram o "apoio à tesouraria a fundo perdido e não empréstimos, ou o estado substituir-se às empresas no pagamento de salários", a "anulação de pagamento de IRC por conta em 2020, com moratória de 12 meses para financiamentos a decorrer e spread máximo de 1% para novos financiamentos para micro e pequenas empresas", a "suspensão dos impostos", as "ajudas rápidas à tesouraria das empresas" e a "possibilidade de lay-off e a sua simplificação, mesmo nos casos em que exista um encerramento ou suspensão parcial da atividade da empresa”.
O estudo abrangeu empresas de diversos setores como: empresas de serviços (45,5%), agricultura(27,3%), e o comércio e industria (ambas com 18,2% cada).