[caption id="attachment_3046" align="alignleft" width="300"]"Um brinde ao Douro" no final da Sessão Evocativa / Foto: Salomé Ferreira "Um brinde ao Douro" no final da Sessão Evocativa / Foto: Salomé Ferreira[/caption] O Douro Vinhateiro é Património da Humanidade da Unesco há 15 anos. Vila Real foi a cidade que acolheu a celebração da efeméride, com a realização de uma Sessão Evocativa nos Claustros do Edifício do Governo Civil, onde marcaram presença inúmeras entidades. As comemorações incluíram ainda a inauguração do marco “Feitoria da Alma” e da avenida da Unesco. Foi exatamente há 15 anos, no dia 14 de dezembro de 2001, que o Alto Douro Vinhateiro, a mais antiga região vitícola regulamentada do mundo, passou a ser Património da Humanidade da Unesco. Com o mote “convidamos o Mundo a brindar ao Douro”, o dia 14 de dezembro foi dedicado à celebração do Alto Douro Vinhateiro, praticamente a atingir a maioridade enquanto Património Mundial da Unesco. Rui Santos, presidente da autarquia de Vila Real, o primeiro interveniente na sessão de abertura da cerimónia, sublinhou a importância desta chancela para a globalização e internacionalização da marca Douro. Para o autarca vila-realense, “assinalar os 15 anos da classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património da Humanidade recon [caption id="attachment_3042" align="alignleft" width="300"]Rui Santos, Presidente da CM de Vila Real / Foto: Salomé Ferreira Rui Santos, Presidente da CM de Vila Real / Foto: Salomé Ferreira[/caption] No entanto, Rui Santos ressalva que o Douro precisa de “ferramentas concretas e não de medidas paliativas” para se tornar mais competitivo. O autarca defendeu assim a abertura de avisos específicos para o Douro no âmbito do Portugal 2020. O autarca criticou a distribuição dos fundos comunitários pelas várias regiões do país, afirmando que “até 31 de outubro, a Área Metropolitana do Porto tinha visto aprovados 1.098 projetos, apoiados em cerca de 370 milhões de euros enquanto na Comunidade Intermunicipal do Douro foram aprovados 68 projetos, apoiados abaixo dos 25 milhões de euros”. Questionando “que coesão territorial será conseguida desta forma?”, Rui Santos afirma que, “os fundos de coesão são para os territórios que precisam de caminhar nesse sentido, não são para os territórios que já têm elevado nível de poder de compra e um índice Per capita superior à média nacional”, afirmou aos jornalistas. Na opinião do edil, estes 15 anos enquanto Património Mundial foram um “período de afirmação do território”, mas também um tempo em que “houve uma hemorragia populacional”. [caption id="attachment_3043" align="alignleft" width="300"]Francisco Lopes, Presidente da CIM Douro / Foto: Salomé Ferreira Francisco Lopes, Presidente da CIM Douro / Foto: Salomé Ferreira[/caption] Para Francisco Lopes, presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Douro, “volvidos 15 anos do dia histórico em que foi anunciada a classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património da Humanidade, devemos fazer uma reflexão profunda sobre os benefícios e as responsabilidades que esta distinção acarretou. Ao longo deste tempo, o território soube renovar-se, evoluir e adaptar-se aos desafios”. Francisco Lopes sublinhou assim o potencial do Douro a nível de produção de vinhos, bem como o turismo enquanto um dos setores-chave da economia. O presidente da CIM Douro sublinha no entanto que “esta realidade não pode mascarar as dificuldades que teimam em subsistir”, sublinhando também o facto de a região não conseguir fixar a população. “Esta lacuna deve-se à falta de perspetivas de futuro suficientes para reter massa crítica. Este problema cria graves constrangimentos ao desenvolvimento económico e social da região. É urgente unirmo-nos para dar mais vida ao Alto Douro Vinhateiro”, reitera Francisco Lopes. Rui Santos acredita que uma das formas de fixar população na região passa por localizar no território “grandes investimentos nacionais”, mostrando-se disponível para acolher em Vila Real uma fábrica de automóveis elétricos. “Tive a oportunidade, ainda recentemente, de manifestar ao primeiro-ministro a disponibilidade do município de Vila Real para receber no seu território o eventual investimento de uma nova fábrica da TESLA, o mais importante fabricante do mundo de carros elétricos”, revelou. “Reivindicar a possível instalação da Tesla neste território, penso que é uma reivindicação justa, séria, que vai de encontro às ideias do produtor”, afirmou o presidente. Linha do Douro: Eletrificação até à Régua vai ser uma realidade A eletrificação da linha do Douro até à Régua é uma “prioridade para o Governo”, garantia dada por Pedro Marques, ministro do Planeamento e das Infraestruturas, durante as comemorações dos 15 anos da classificação do Alto Douro Vinhateiro (ADV) como Património da Humanidade, que decorreram em Vila Real. O membro do governo revelou que o concurso público para os estudos prévios será lançado nos “inícios de 2017”. De acordo com Pedro Marques, “a eletrificação até à Régua não estava assegurada no plano de investimentos do anterior Governo”, tendo sido uma decisão do atual governo em incluir este projeto que já tem financiamento assegurado no âmbito do Portugal 2020. “Precisamos de comboios mais competitivos, temos tido uma procura muito grande, mas só vamos resolver os constrangimentos de forma plena com a eletrificação, que trará mais qualidade ao transporte ferroviário e competitividade ao turismo”, afirmou aos jornalistas. Pedro Marques anunciou  ainda que existem “um conjunto de investimentos privados importantes aprovados no setor do turismo do Douro”. “E temos mais investimentos para fazer, apoiado pelo Portugal 2020, que está contratualizado com a Comunidade Intermunicipal do Douro e que vai e star em desenvolvimento nos próximos anos. São mais de 80 milhões de euros que estão contratualizados”, acrescentou o ministro. Após a Sessão Evocativa, as comemorações dos 15 anos do Douro como Património Mundial seguiram com a inauguração do Marco “feitoria da alma” e da Avenida Unesco, tendo prosseguido com um debate na parte da tarde e um Porto D´Honra no encerramento.

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